🚨ULTIMA HORA🚨CRIMINALIDADE EM MAPUTO Foram neutralizados 2 jovens e uma senhora que vendiam bolos de $URRUM∆ nas escolas em maputo


Maputo volta a ser palco de um episódio inquietante que levanta preocupações sobre a segurança nas escolas e a crescente criatividade do crime organizado. Três indivíduos — dois rapazes e uma mulher — foram recentemente capturados pelas autoridades, suspeitos de comercializarem bolos contendo substâncias proibidas, popularmente conhecidas por nomes como “surruma” ou outras variantes da metanfetamina.

A ação policial ocorreu após diversas denúncias anónimas de pais e encarregados de educação, que relataram mudanças comportamentais repentinas em alunos de diferentes escolas da capital moçambicana. As autoridades intensificaram a vigilância em algumas instituições de ensino e acabaram por surpreender os suspeitos em flagrante.

Os três acusados atuavam de forma organizada. Os jovens tinham a tarefa de se infiltrar entre os alunos, criando amizades e apresentando os “bolos especiais” como simples guloseimas, com um preço acessível e promessas de efeitos “relaxantes” e “divertidos”. Já a mulher, alegadamente a mentora da operação, seria responsável pela produção dos bolos, feitos com ingredientes convencionais misturados com pequenas doses da droga.

De acordo com a Polícia da República de Moçambique (PRM), os produtos eram preparados em uma residência na periferia de Maputo, utilizando métodos caseiros que disfarçavam o cheiro e o sabor da droga, tornando-a quase imperceptível. As investigações preliminares revelam que os criminosos vinham operando há mais de três meses, tendo alcançado um número preocupante de estudantes, muitos dos quais ainda menores de idade.

Em conferência de imprensa, um porta-voz da PRM lamentou profundamente o ocorrido e alertou que este caso é apenas um reflexo de uma realidade ainda mais ampla e complexa. “Estamos diante de uma nova forma de aliciamento juvenil. O crime está a evoluir, e infelizmente os nossos jovens estão a ser usados como alvos e ferramentas ao mesmo tempo”, declarou.

Os três indivíduos foram detidos e serão encaminhados ao Ministério Público, que deverá formalizar a acusação por tráfico de drogas, aliciamento de menores, e comercialização de produtos nocivos à saúde pública. As penas para crimes desta natureza, segundo o código penal moçambicano, podem ultrapassar os 10 anos de prisão, especialmente quando envolvem menores de idade.

No bairro onde os suspeitos residiam, os vizinhos reagiram com espanto e revolta. Muitos afirmam nunca ter desconfiado das atividades do trio, pois se apresentavam como cidadãos “normais” e discretos. “Nunca imaginávamos que naquela casa se produziam coisas tão perigosas. A senhora parecia simpática e os jovens até ajudavam idosos a carregar sacolas. Foi um choque para todos nós”, comentou um residente.

Entretanto, as autoridades apelam aos pais e encarregados de educação para redobrarem a atenção quanto ao comportamento dos seus filhos, sobretudo em relação ao que consomem na escola. “Se um bolo parecer fora do comum, com cheiro estranho ou causar reações inesperadas, denunciem imediatamente”, recomendou a PRM.

Este incidente reacende o debate sobre a presença de drogas nas instituições de ensino e a vulnerabilidade dos adolescentes diante do crime. Organizações da sociedade civil já pedem por campanhas massivas de sensibilização nas escolas, além do reforço da fiscalização e da segurança nas imediações dos estabelecimentos de ensino.

Além disso, alguns professores relataram episódios recentes de alunos desorientados, com comportamentos atípicos durante as aulas, mas sem suspeitarem que isso poderia estar ligado ao consumo de drogas. “Pensávamos que era apenas cansaço ou falta de alimentação. Agora tudo faz sentido”, declarou um docente que preferiu o anonimato.

A direção de uma das escolas afetadas assegurou que irá colaborar com as investigações e reforçar o controle do que é vendido nos arredores da escola. “Já proibimos a entrada de vendedores ambulantes e vamos trabalhar com os pais para que os alunos levem merenda de casa”, disse o diretor.

O caso agora está a ser acompanhado por psicólogos e assistentes sociais, que prestarão apoio às vítimas e suas famílias. Algumas crianças afetadas estão a ser submetidas a exames médicos para avaliar o nível de exposição às substâncias tóxicas e, caso necessário, serão encaminhadas para acompanhamento terapêutico.

A cidade de Maputo tem registado um aumento de casos semelhantes, onde drogas são camufladas em produtos de consumo aparentemente inofensivos. Bolachas, doces e refrigerantes têm sido usados como veículos para introduzir os jovens ao vício de forma dissimulada.

O Comando Geral da PRM promete continuar com operações de vigilância e repressão, não só nas escolas, mas também em zonas residenciais onde existam suspeitas de produção e venda de substâncias ilícitas. A população é encorajada a continuar a denunciar comportamentos suspeitos.

A detenção deste trio representa uma vitória no combate ao tráfico de drogas, mas também evidencia os desafios crescentes que a sociedade moçambicana enfrenta para proteger as suas crianças. O futuro do país depende da juventude, e todos têm a responsabilidade de garantir que eles cresçam livres do flagelo das drogas.

Este é mais um alerta para todos: o inimigo pode estar mais perto do que imaginamos, e a vigilância deve ser constante. A luta contra o crime é uma tarefa coletiva.

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