ARMAS USADAS NO ASSASSINATO DE ONTEM, SÃO DE USO EXCLUSIVO DA PRM E FDS, AFIRMA JOÃO MASSANGO

 



O assassinato de dois agentes do Estado, um pertencente à Polícia da República de Moçambique (PRM) e o outro ao Serviço Nacional de Investigação Criminal (SERNIC), ocorrido recentemente na zona da Manduca, município da Matola, continua a gerar reações em cadeia por todo o país. Nesta quinta-feira, o analista político João Massango trouxe à tona uma alegação alarmante: segundo ele, as armas utilizadas no ataque fatal são do tipo que normalmente está restrito ao uso exclusivo das forças policiais e militares do país.

Durante uma intervenção pública transmitida por diversos meios de comunicação, Massango declarou que as evidências iniciais indicam que o armamento utilizado no atentado contra os dois agentes não é de circulação comum entre civis. “Pelo tipo de munição recolhida e pelas marcas identificadas, tudo indica que se trata de armamento padronizado pelas Forças de Defesa e Segurança (FDS)”, apontou.

A afirmação gerou forte repercussão no meio político e na sociedade civil, sobretudo por levantar a possibilidade de envolvimento interno ou desvio de material bélico das instituições de segurança. Para Massango, é essencial que se investigue a fundo a origem dessas armas, uma vez que sua presença em mãos erradas representa uma ameaça direta à estabilidade do país.

O comentador aproveitou a ocasião para dirigir um apelo direto ao Presidente da República, Daniel Chapo, instando-o a abrir um canal de diálogo com os membros das forças policiais e de defesa. Segundo ele, o ambiente interno entre os agentes destas corporações está cada vez mais tenso e pode degenerar em novos episódios violentos, se não forem tomadas medidas urgentes de contenção e reconciliação.

“A situação dentro das nossas forças não é apenas delicada, é alarmante. Precisamos de liderança forte e sensível, que ouça os que estão na linha da frente e que atue para restaurar a confiança dentro das corporações”, afirmou Massango, visivelmente preocupado com os últimos acontecimentos.

Além de direcionar a sua preocupação ao Chefe de Estado, o analista político também fez questão de deixar um apelo público ao comandante-geral da PRM. Para ele, é imprescindível que a liderança da polícia tome medidas práticas e visíveis para reforçar a segurança interna, fiscalizar melhor o armamento e garantir que não haja infiltrações ou sabotagens a partir de dentro da própria instituição.

“Não basta lamentar os mortos. É preciso agir com firmeza e prevenir novos ataques, principalmente quando há indícios de que o armamento possa ter origem interna”, reiterou Massango.

Até o momento, as autoridades policiais ainda não confirmaram oficialmente a procedência das armas usadas no crime. No entanto, fontes próximas à investigação reconhecem que estão a analisar vestígios balísticos e outros indícios que poderão esclarecer se houve ou não uso de material proveniente dos arsenais do Estado.

A sociedade moçambicana segue com atenção os desdobramentos do caso, que adiciona mais tensão a um cenário já fragilizado por problemas de segurança urbana, suspeitas de corrupção interna nas forças policiais e aumento da criminalidade armada.

Com os corpos dos dois agentes abatidos já sepultados com honras protocolares, o debate agora se volta à origem das armas, à motivação do crime e, sobretudo, ao estado de saúde das instituições que deveriam garantir a ordem e a paz social.


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