Um cenário de grande agitação tomou conta da Escola Secundária de Cossore, situada na cidade de Nampula, nesta quinta-feira, depois de um grupo significativo de estudantes se revoltar contra o que consideram ser exigências financeiras injustas impostas pela gestão do estabelecimento. Em forma de protesto, os alunos decidiram vandalizar várias infraestruturas escolares, gerando tensão e obrigando à intervenção das forças policiais.
Segundo relataram alguns dos envolvidos, o descontentamento estudantil não é recente. Há já vários anos que os estudantes denunciam práticas que classificam como abusivas no que diz respeito à cobrança de contribuições monetárias. Contudo, afirmam que essas queixas nunca obtiveram resposta efetiva por parte da administração escolar, que, segundo eles, continua a impor taxas sucessivas sem clareza quanto ao seu destino.
O estopim da revolta teria sido a introdução recente de uma nova taxa no valor de 70 meticais, exigida para a realização das provas provinciais marcadas para a próxima segunda-feira. Para os alunos, este novo encargo financeiro foi a gota d’água num copo já cheio de frustrações acumuladas.
De acordo com os estudantes entrevistados, mesmo após o pagamento dessas taxas, os testes são frequentemente escritos no quadro pelos professores, o que coloca em causa a justificativa da cobrança de valores adicionais. Além disso, os próprios alunos são obrigados a comprar folhas A4 e outros materiais necessários para as provas, o que levanta ainda mais dúvidas sobre a gestão e aplicação dos fundos recolhidos.
“Estamos a pagar para fazer provas que depois são colocadas no quadro. Se é assim, para que serve o dinheiro que estamos a dar?”, questionou um dos alunos, visivelmente revoltado. Outro estudante acrescentou: “Cada semana aparece uma nova cobrança. Fica difícil continuar a estudar assim”.
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