TRABALHADORES INTERROMPEM ACTIVIDADES E EXIGEM SAÍDA DE EMPRESA CHINESA ENVOLVIDA NA EXPLORAÇÃO DE INERTES NA MOAMBA

 


Um grupo de operadores locais que se dedica à extração de areia no distrito da Moamba decidiu suspender as suas atividades em forma de protesto contra a presença de uma empresa chinesa que recentemente começou a atuar na mesma área.

De acordo com os manifestantes, a entrada desta companhia estrangeira tem causado um desequilíbrio competitivo, tornando-se um obstáculo para os pequenos exploradores nacionais. Segundo eles, esta atividade tem sido historicamente desempenhada por moçambicanos, sendo uma importante fonte de rendimento para muitas famílias locais.

Os operadores defendem que a empresa chinesa poderia investir em outros sectores que, segundo eles, carecem de intervenção estrangeira e que beneficiariam mais o país. A presença da empresa, segundo denunciam, foi estabelecida sem o envolvimento ou sequer o conhecimento prévio da associação local de operadores de inertes.

A insatisfação aumentou após a descoberta de que a empresa recebeu autorização para exercer suas atividades sem que houvesse qualquer tipo de consulta ou diálogo com os operadores nacionais já estabelecidos na região. Tal situação gerou um sentimento de exclusão e injustiça entre os trabalhadores locais.

Face a esta realidade, os operadores locais decidiram interromper temporariamente a extração de areia e afirmam que poderão prolongar a paralisação por um período de até trinta dias, caso as autoridades competentes não suspendam imediatamente as operações da empresa estrangeira na zona.

Os manifestantes esperam que o governo escute as suas reivindicações e tome medidas concretas para proteger os interesses dos operadores nacionais, promovendo um ambiente mais justo e equilibrado no setor de extração de recursos naturais não metálicos.

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