Quatro indivíduos foram recentemente detidos pelas autoridades moçambicanas por estarem alegadamente envolvidos na produção e tentativa de introdução de notas falsas em circulação na Província de Maputo. As detenções ocorreram no âmbito de uma operação coordenada pela 7ª Esquadra da Polícia da República de Moçambique (PRM), que atua na Subunidade de Intaka.
As autoridades realizaram a primeira detenção por volta das 23h30 da quarta-feira, 19 de junho. Durante a operação, um jovem de 24 anos, identificado como Dércio Constantino Reginaldo e residente no bairro Intaka II, foi surpreendido com uma nota falsa de 1000 meticais em sua posse. O comportamento suspeito do indivíduo despertou a atenção das autoridades, que decidiram abordá-lo e proceder a uma revista, tendo encontrado o dinheiro contrafeito.
Posteriormente, já na madrugada de quinta-feira, dia 20, outras três pessoas foram detidas sob fortes indícios de estarem diretamente ligadas ao esquema de falsificação e distribuição de moeda falsa. A operação decorreu com base em investigações preliminares e denúncias da comunidade, que tem demonstrado crescente preocupação com a circulação de dinheiro falso nos mercados locais e estabelecimentos comerciais.
Segundo informações partilhadas pela PRM, os quatro suspeitos são cidadãos nacionais e já estavam sob vigilância há algum tempo, devido a movimentações e atividades consideradas atípicas para a zona. Durante as buscas e investigações, foram apreendidos diversos materiais utilizados no fabrico das notas falsificadas, incluindo impressoras, tintas especiais, papel semelhante ao usado em notas verdadeiras, e moldes artesanais.
A polícia está a conduzir diligências complementares para determinar a extensão da rede criminosa, bem como possíveis ramificações em outros bairros ou até províncias. Não está descartada a possibilidade de existirem mais cúmplices ou intermediários que facilitavam a distribuição das notas falsificadas nos mercados informais.
Fontes policiais explicaram que o grupo poderá enfrentar acusações relacionadas à falsificação de moeda, associação criminosa e tentativa de introdução de valores falsos no circuito económico nacional. Estes crimes, segundo o Código Penal moçambicano, são considerados graves e podem levar a penas de prisão efetiva.
A PRM aproveitou a ocasião para apelar à população que mantenha vigilância e colabore com as autoridades denunciando qualquer suspeita de circulação de dinheiro falso. A participação da comunidade é vista como fundamental para o combate eficaz a este tipo de crime económico, que ameaça a confiança no sistema financeiro e prejudica tanto os cidadãos comuns quanto os comerciantes.
Nos últimos meses, têm-se registado vários casos semelhantes noutras zonas da Província de Maputo, o que levou a polícia a intensificar o patrulhamento e a investigação de redes envolvidas em crimes financeiros. A detenção deste grupo é vista como um passo importante no desmantelamento dessas estruturas ilegais.
Os quatro detidos permanecem sob custódia e aguardam o desenrolar do processo judicial. As autoridades prometem transparência nas investigações e garantem que todos os envolvidos serão responsabilizados conforme ditam as leis da República de Moçambique.
Este caso serve como alerta para comerciantes e consumidores, incentivando-os a verificar com atenção as notas recebidas durante transações comerciais, sobretudo em horários noturnos ou em locais com pouca fiscalização.
As investigações continuam, e mais informações deverão ser partilhadas nos próximos dias, à medida que a polícia avança com a análise do material apreendido e os interrogatórios aos detidos.
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