Há já algum tempo que os bancos em Moçambique têm imposto restrições mais rigorosas ao uso de cartões de débito e crédito em transações internacionais. Muitos cidadãos moçambicanos no estrangeiro relatam que os seus cartões são frequentemente recusados ou têm limites severos, o que os impede de adquirir bens e serviços essenciais.
Moçambicanos residentes fora do país, especialmente na China, expressaram frustração com os obstáculos enfrentados ao tentar utilizar os seus cartões bancários:
“Estamos a passar por uma fase extremamente complicada. Como garantir o pagamento da renda, alimentação, transporte e outras necessidades básicas? Como continuar a investir em negócios que, no futuro, também contribuem para o desenvolvimento de Moçambique, se os nossos próprios bancos nos abandonam quando mais precisamos?”, questionam.
As queixas continuam: “Não estamos a exigir luxo, apenas queremos acesso ao dinheiro que ganhámos com o nosso trabalho. O que pedimos é dignidade e a possibilidade de continuar a lutar de cabeça erguida.”
Segundo o Banco de Moçambique, foram feitas negociações com os bancos comerciais no sentido de flexibilizar estas limitações. No entanto, apesar dessas alegadas intervenções, as restrições persistem.
O governador do Banco de Moçambique, Rogério Zandamela, explicou que a imposição de limites pode estar relacionada ao uso indevido dos cartões de débito para finalidades não autorizadas.
Tentativas de contactar a Associação Moçambicana dos Bancos para esclarecimentos adicionais não tiveram sucesso.
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