Um caso chocante abalou a comunidade da Vila Historial, no 5º bairro, após ser revelado que um jovem identificado como Eduardo, de 23 anos, mais conhecido entre os vizinhos por “Duarte”, faleceu sob custódia policial sem que a família tivesse sido informada.
Eduardo havia sido detido no final de maio de 2023 pela esquadra do bairro Nova Vida. Depois de alguns dias, foi transferido para a cidade de Maputo. O que a família não sabia é que, pouco tempo após a transferência, o jovem perdeu a vida — e foi enterrado sem qualquer notificação aos seus entes queridos.
Durante semanas, a mãe de Eduardo continuava a deslocar-se regularmente até à cadeia, levando refeições para o filho, acreditando que ele ainda estivesse vivo. No entanto, nenhuma autoridade teve a iniciativa ou a sensibilidade de informá-la sobre o falecimento. Pior: os responsáveis recebiam os alimentos sem revelar que o jovem já havia sido sepultado, supostamente após uma alegada crise de dor de cabeça.
A família, além do sofrimento da perda, foi profundamente abalada pela forma desumana como tudo foi conduzido. A omissão de informação e o sepultamento sem consentimento geraram revolta na comunidade, que agora exige explicações das autoridades responsáveis pela detenção e posterior desaparecimento de Duarte.
Muitos residentes da Vila Historial denunciam o silêncio e o encobrimento por parte da polícia, considerando o caso um grave atentado aos direitos humanos e à dignidade familiar.
Este episódio levanta questões sérias sobre o tratamento dado a detidos nas instituições de segurança e o respeito pelos procedimentos legais e humanos em casos de morte sob custódia estatal.
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