ISRAEL FAZ NOVOS ATAQUES CONTRA IRÃ E DIZ QUE CONFLITO DEVE SE ESTENDER "O QUANTO NECESSÁRIO"

 

Na sexta-feira (13), o Estado de Israel voltou a lançar ofensivas contra alvos no Irã, marcando uma nova fase nas tensões entre os dois países. Moradores de Teerã relataram explosões de grande magnitude nos arredores da capital iraniana, enquanto a imprensa oficial de Teerã confirmou que os sistemas de defesa antiaérea foram acionados para conter mísseis inimigos que vinham do sul.

Fontes militares israelenses divulgaram que, entre os alvos atingidos, estava mais uma instalação nuclear estratégica, localizada em Isfahan. Esta região abriga uma das principais usinas nucleares iranianas, sendo considerada de importância crítica para o programa de energia e armamento nuclear do país.

O exército de Israel afirmou que as ações ofensivas seguirão sem previsão de término. O primeiro-ministro Benjamin Netanyahu reafirmou que as operações durarão "pelo tempo que for necessário", enquanto o alto comando militar prometeu usar todos os meios disponíveis para garantir os objetivos estratégicos do Estado hebraico.

De acordo com agências internacionais, os ataques israelenses interferiram diretamente nas negociações previstas entre Teerã e Washington, que aconteceriam no domingo. A pauta principal seria o futuro do programa nuclear iraniano, mas, diante da escalada bélica, é provável que o diálogo seja suspenso indefinidamente.

A televisão estatal iraniana relatou que uma explosão intensa foi registrada em Isfahan, indicando danos significativos na infraestrutura local. Vale destacar que, além de Teerã e Isfahan, outros pontos sensíveis do território iraniano foram atingidos, incluindo Natanz, no centro do país, onde se encontra uma das principais instalações de enriquecimento de urânio.

Ainda de acordo com fontes iranianas, as forças de Israel também atingiram um aeroporto militar na cidade de Tabriz, no noroeste do país. A ofensiva foi considerada por Teerã como uma declaração formal de guerra, e o governo iraniano prometeu responder à altura.

O número de vítimas também continua a crescer. Até o momento, o governo iraniano contabilizou pelo menos 18 mortos e 35 feridos, incluindo militares e civis. Entre os mortos estariam dois cientistas envolvidos diretamente no desenvolvimento nuclear e dois dos mais altos oficiais militares do Irã: o comandante da Guarda Revolucionária, Hossein Salami, e o chefe das Forças Armadas, Mohammad Bagheri.

Em resposta, o Irã lançou cerca de 100 drones armados contra alvos israelenses, segundo autoridades de Tel Aviv. Também houve relato de um míssil vindo do Iêmen, supostamente direcionado ao território israelense, mas que acabou caindo na região de Hebron, na Cisjordânia, sem causar danos significativos.

Netanyahu declarou que Israel está preparado para enfrentar múltiplas ondas de retaliação por parte do Irã, seja por via aérea, terrestre ou cibernética. A retórica agressiva de ambos os lados indica que a escalada poderá continuar e envolver outros atores da região.

O governo dos Estados Unidos, segundo informações da agência Reuters, foi informado previamente dos ataques israelenses. No entanto, o Departamento de Estado negou qualquer envolvimento direto nas operações, embora aliados norte-americanos no Oriente Médio tenham sido alertados com antecedência sobre a possível ofensiva.

Enquanto isso, o então presidente dos EUA, Donald Trump, afirmou que não está claro se o Irã ainda possui um programa nuclear ativo, aumentando a incerteza em torno das motivações e justificativas para a atual operação militar.

O cenário permanece tenso e imprevisível. A cada hora surgem novos desdobramentos, reforçando os receios de que o confronto possa evoluir para uma guerra regional de maiores proporções, com impactos globais. A comunidade internacional aguarda com apreensão os próximos passos de Teerã e Tel Aviv, enquanto apelos por contenção são feitos por organismos multilaterais.

Com a retaliação prometida pelo Irã e a determinação de Israel em manter sua ofensiva "pelo tempo necessário", cresce o risco de um conflito prolongado e de difícil resolução. Analistas apontam que, se não houver mediação diplomática imediata, a atual crise pode transformar-se numa guerra aberta entre duas das maiores potências militares do Oriente Médio.


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