Um grupo de jovens trabalhadoras decidiu romper o silêncio e tornar público o ambiente de abusos vivenciado num estabelecimento comercial localizado na zona de Matola-Rio. Segundo relatos das funcionárias, o proprietário do local, um cidadão de origem chinesa com 29 anos de idade, tem praticado condutas consideradas desumanas e degradantes.
De acordo com os depoimentos, o patrão impõe uma jornada dupla às empregadas, que além de prestarem serviços na loja, são obrigadas a deslocar-se à residência do mesmo, onde realizam tarefas domésticas, incluindo limpeza, corte de unhas e até massagens pessoais no próprio empregador. O critério de contratação do patrão também levanta suspeitas, já que ele supostamente privilegia mulheres com idades entre 18 e 21 anos.
Um dos episódios mais revoltantes partilhado pelas trabalhadoras refere-se a um alegado desaparecimento de dinheiro na loja. Como resposta, o patrão exigiu que todas as funcionárias se despissem para serem revistadas, chegando inclusive a verificar os saldos das carteiras móveis das vítimas.
As mulheres afirmam ainda terem sido ameaçadas de morte, o que criou um clima de medo constante entre as empregadas. Muitas alegam que as contratações são feitas diariamente para substituir funcionárias que abandonam o posto devido aos maus-tratos.
Atualmente, o estabelecimento encontra-se encerrado. As ex-trabalhadoras dizem não ter mais intenção de regressar ao local e exigem o pagamento pelos dias que trabalharam. Elas apelam às autoridades competentes para que intervenham e garantam justiça neste caso.
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