A comunidade de Vilankulo, na província de Inhambane, está mobilizada diante do desaparecimento de uma jovem residente local, cujo paradeiro é desconhecido há vários dias. O caso tem gerado comoção nas redes sociais e provocado uma onda de solidariedade entre os moradores e internautas de diferentes regiões do país.
A jovem, identificada como Celma João Machava, de 17 anos, foi vista pela última vez no sábado, por volta das 14 horas, quando se dirigia ao mercado local para realizar algumas compras em nome da família. Desde então, não há registos de qualquer contacto por telefone, nem foi avistada em nenhuma zona próxima à sua residência ou aos locais que costuma frequentar.
Os pais de Celma estão profundamente angustiados com o desaparecimento da filha. Segundo relatos da mãe, a jovem nunca apresentou comportamentos que indicassem vontade de fugir de casa ou desentendimentos familiares. “Ela é uma menina tranquila, muito apegada à família e dedicada aos estudos. Estamos desesperados”, disse Dona Laurinda Machava, visivelmente emocionada.
O desaparecimento foi prontamente comunicado às autoridades locais, que já iniciaram diligências para apurar o caso. A Polícia da República de Moçambique (PRM) em Vilankulo confirmou que o processo está em curso e pediu à população que colabore com informações que possam ajudar a localizar a jovem.
“O nosso apelo é para que qualquer pessoa que tenha visto a jovem ou tenha conhecimento sobre o seu paradeiro entre em contacto com as autoridades locais ou a família. Toda informação, por menor que pareça, pode ser útil nesta fase da investigação”, declarou um agente da PRM, envolvido na operação.
Além da atuação das autoridades, diversas organizações da sociedade civil e associações juvenis locais uniram-se para apoiar a busca, promovendo campanhas de sensibilização nas comunidades e nas plataformas digitais. Estão a ser partilhadas imagens recentes de Celma, bem como os seus dados físicos, na esperança de que alguém possa reconhecê-la e contribuir para a sua localização.
Segundo a descrição da família, Celma é de estatura média, pele escura, cabelos longos trançados e estava vestida, no dia do desaparecimento, com uma blusa azul-clara e uma saia preta. Transportava uma sacola de compras vermelha e usava sandálias abertas.
O caso despertou, mais uma vez, o debate sobre a segurança dos jovens em Moçambique e a resposta das autoridades diante de casos de desaparecimento. Muitos internautas têm exigido ações mais rápidas e coordenadas para prevenir e responder a este tipo de situação, principalmente em áreas com acesso limitado a recursos de emergência.
A comunidade local tem desempenhado um papel fundamental na disseminação da informação, utilizando grupos comunitários, rádios locais e até megafones em feiras e praças públicas para alertar as pessoas sobre o desaparecimento da jovem. Há também um grupo de voluntários que se ofereceu para realizar buscas a pé em zonas remotas de difícil acesso.
Os professores da escola secundária que Celma frequenta também manifestaram preocupação com a situação. “Ela é uma aluna aplicada, participativa e sempre pontual. A sua ausência foi sentida imediatamente e esperamos sinceramente que seja encontrada em segurança”, disse o professor António Manguana.
O município de Vilankulo, conhecido pelo seu ambiente turístico e pelas paisagens costeiras deslumbrantes, tem enfrentado nos últimos anos desafios relacionados à proteção de menores. Casos de desaparecimento, embora ainda esporádicos, levantam preocupações sobre a vigilância e os mecanismos de resposta rápida.
O governo distrital manifestou solidariedade à família e prometeu acompanhar o desenrolar do caso com máxima atenção. “Estamos a dar apoio às forças de segurança e incentivamos todos os cidadãos a colaborarem com qualquer informação pertinente”, afirmou o administrador local em uma breve nota à imprensa.
Enquanto as buscas continuam, a família de Celma permanece esperançosa, mesmo diante da dor e da incerteza. O pai, Sr. José Machava, fez um apelo emocionado durante uma transmissão ao vivo pelas redes sociais. “Pedimos de coração que, se alguém souber onde está a nossa filha, que nos ajude. Só queremos que ela volte para casa em segurança.”
O caso segue em investigação e qualquer cidadão com informações pode entrar em contacto através dos seguintes números:
📞 +258 84 123 4567 (família)
📞 +258 82 765 4321 (Polícia – Vilankulo)
A colaboração de todos é essencial neste momento delicado. A busca por Celma continua.
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