Docentes da Escola Secundária Samora Machel Paralisam Aulas em Protesto por Pagamentos em Atraso

 



Professores exigem regularização das horas extras dos anos de 2022, 2023 e 2024

Na manhã de segunda-feira, 08 de Junho de 2025, professores da Escola Secundária Geral Samora Machel, localizada em Mocuba, província da Zambézia, iniciaram uma greve como forma de exigir do Governo o pagamento das horas extraordinárias acumuladas nos anos de 2022, 2023 e 2024.

A paralisação total das actividades lectivas surgiu após múltiplas tentativas frustradas dos docentes em obter respostas concretas das autoridades competentes. De acordo com os professores, a dívida tem sido constantemente ignorada, apesar de diversas comunicações dirigidas às entidades responsáveis.

Com a suspensão das aulas, centenas de alunos ficaram sem acesso ao ensino, o que ameaça comprometer seriamente o plano curricular do presente ano lectivo. Representantes da classe docente denunciam não só o não pagamento das horas extra, mas também a falta de condições de trabalho, como turmas com excesso de alunos e escassez de materiais.

“Dedicámos tempo além do expediente, muitas vezes em contextos difíceis, com turmas superlotadas. Agora, exigimos apenas o que nos é devido. Não estamos a pedir um favor, mas sim a cobrança de um direito que o Governo insiste em não reconhecer”, declarou um dos docentes em entrevista a um órgão de comunicação local.

Além da regularização dos pagamentos, os professores reivindicam uma maior clareza nos trâmites administrativos relacionados à remuneração das horas suplementares. Querem ainda garantias de que, futuramente, não se repitam atrasos similares que penalizem os profissionais da educação.

Questionada sobre a situação, a Direcção Distrital de Educação de Mocuba confirmou que o caso foi remetido às instâncias superiores, estando agora sob análise do Ministério da Educação e Desenvolvimento Humano. No entanto, não adiantou prazos nem soluções imediatas.

Do lado das famílias, cresce a apreensão quanto aos prejuízos académicos dos alunos. Pais e encarregados de educação apelam para que haja um diálogo franco e urgente entre os professores e as autoridades, de modo a encontrar uma solução que permita o regresso às aulas e a normalização do ensino.

Enquanto isso, o impasse permanece, com os professores firmes na decisão de manter a greve até que suas exigências sejam devidamente atendidas pelas entidades governamentais responsáveis.

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