Após um longo período ausente dos holofotes e fora do circuito político, o presidente da Coligação Aliança Democrática (CAD), Manecas Daniel, reapareceu em público e concedeu uma entrevista exclusiva à TV Sucesso, onde fez revelações surpreendentes e preocupantes.
Manecas afirmou que, nos últimos meses, viu-se forçado a manter-se em local incerto por questões de segurança pessoal, após ter tomado conhecimento de que estaria a ser associado a um alegado plano de subversão política, que alguns chegaram a qualificar como uma tentativa de “golpe de Estado”.
Segundo suas declarações, o retorno ao país foi uma decisão estratégica e consciente, com o objetivo de esclarecer todas as acusações que lhe têm sido imputadas e, sobretudo, demonstrar à opinião pública e às autoridades competentes que não tem nada a esconder.
De forma contundente, Manecas Daniel denunciou que tem sido alvo de perseguições não só externas, mas também internas, dentro da própria estrutura da CAD. Ele revelou que existem pessoas próximas, incluindo colegas de partido, que estariam envolvidos num plano para o eliminar, tanto do ponto de vista político como físico.
“Há pessoas que me querem silenciar de vez, e algumas delas são indivíduos com quem compartilhei visões políticas e sonhos de transformação para Moçambique. É doloroso saber que até dentro da nossa casa existem interesses ocultos dispostos a tudo para me afastar,” declarou o líder político.
Manecas garantiu que está disposto a colaborar com as autoridades para esclarecer todas as dúvidas em torno das suspeitas que recaem sobre ele. Acrescentou ainda que está pronto para enfrentar qualquer investigação séria e transparente, desde que seja conduzida com base na legalidade e não em motivações políticas.
Ele também fez um apelo público para que se ponha fim à perseguição de ideias e se respeite a diversidade de pensamento no seio dos movimentos políticos moçambicanos. Segundo ele, “a democracia só pode florescer quando se permite que todos os seus atores participem sem medo, ameaças ou tentativas de silenciamento.”
O presidente da CAD mostrou-se determinado a continuar a liderar a sua coligação e assegurou que não vai ceder às pressões de quem deseja vê-lo fora do cenário político. “A luta continua, e mais do que nunca precisamos de coragem para defender a integridade das nossas convicções. Não serei intimidado,” afirmou com firmeza.
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