A cidade de Lichinga, na província do Niassa, foi palco de mais um episódio trágico de violência, registando dois homicídios em sequência, agravando o clima de insegurança que paira sobre a região. Um agente da Polícia da República de Moçambique (PRM) perdeu a vida após ser brutalmente agredido por populares durante o exercício das suas funções.
Segundo informações divulgadas pelas autoridades policiais, a situação teve início quando um agente foi atropelado no decurso do seu serviço. Na sequência, foi destacado um jovem para se deslocar e recolher a documentação da motorizada envolvida no acidente. O problema agravou-se quando, ao regressar, o mesmo jovem surgiu acompanhado por uma multidão de populares.
O ambiente rapidamente se tornou hostil. Para tentar dispersar o grupo e restaurar a ordem, um dos agentes decidiu efectuar um disparo para o ar. Contudo, a bala atingiu inadvertidamente um cidadão que se encontrava no interior da sua residência, ferindo-o gravemente.
Este incidente provocou uma onda de revolta. Indignados, os populares atacaram os agentes, tendo espancado um deles até à morte. O confronto resultou na morte do referido agente e também do civil atingido pela bala. Além das duas vítimas mortais, duas outras pessoas sofreram ferimentos graves e foram encaminhadas para o hospital local, onde permanecem sob cuidados médicos.
As autoridades competentes afirmam estar a investigar o sucedido e apelam à calma e colaboração da população para que casos do género não voltem a ocorrer. O clima continua tenso na zona, enquanto se aguardam os desdobramentos desta tragédia que ceifou duas vidas e feriu outras, expondo os desafios na relação entre a polícia e a comunidade.
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